I was checking another blog I have done a few years ago when I was living in Ireland and although most of the things I posted were a bit crap, I found some nice posts and I will copy and paste them here. It is written in Portuguese, so sorry, but with the help of Google Translate maybe you still can have some fun! :)
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Sobre a língua irlandesa...
"Uma língua morre apenas quando a última pessoa que a fala morre". Levando este ditado a sério, a Irlanda é um dos poucos países que fazem questão de manter a língua nativa, no caso o gaélico ou irlandês, no dia-a-dia de cada habitante. Seja nas escolas, no trabalho ou nas ruas, é impossível nao se deparar com dizeres como Fáilte (Bem-Vindo) ou Slan Abhaile (Boa viagem) . Apesar de serem poucos os Gaeltacht vilarejos, ou seja os que tem o irlandês como primeiro idioma, o Governo adotou algumas políticas que ajudam a preservar e incentivar o uso constante da língua, de modo que ela não vire apenas um mero "objeto" em exposição nos museus. Dentre as medidas, além do ensino obrigatório nas escolas e de todas as placas serem escritas em inglês e irlandês, há uma que eu achei INTERESSANTÍSSIMA: o incentivo financeiro para empresas se instalarem em áreas Gaeltacht. Além de trazer desenvolvimento para a região, a empresa ajuda a preservar o idioma uma vez que ele é utilizado dentro da própria empresa no lugar do inglês .
Mesmo assim, acredito que o incentivo financeiro nao é o único responsável por preservar a língua: a vontade do pr[oprio irlandês, acredito eu, é o que mais mantem a língua presente no cotidiano. Não há um irlandês que não me pergunta se já aprendi algo ou se gostaria de aprender. Obviamente essa força de vontade está concentrada mais nos mais velhos, uma vez que os jovens são muito influenciados pela cultura britânica e americana. Felizmente, ainda há alguns jovens, principamente os que nasceram em vilarejos, que ainda se preocupam em usar e ensinar a língua aos estrangeiros. Ainda bem, pois assim aprendo mais...
Dados
Outro dia estava estudando inglês e li um texto no meu livro que me fez pensar muito sobre a preservação de línguas nativas. Por isso resolvi dedicar este post ao gaélico irlandês e, ao mesmo tempo, levá-los a refletir sobre as nossas várias línguas indígenas que, infelizmente, podem estar mais próximas de um final infeliz do que pensamos. Eis alguns trechos que achei interessante compartilhar aqui:
"(...)Não há nada anormal sobre a morte de uma única língua. Comunidades nasceram e morreram ao longo da história, levando com elas seus idiomas. Mas, julgando pelos padroes do passado, o que está acontecendo hoje é extraordinário. É a extinção de uma língua em larga escala. De acordo com as melhores estimativas, existem hoje 6mil língua no mundo. Destas, quase metade morreram ao longo desse século. Isso significa que, em média, há uma língua morrendo em algum lugar no mundo praticamente a cada duas semanas.
Uma pesquisa publicada pelo US Summer Institute of Linguistics revelou que há 51 língua com apenas uma pessoa fluente, sendo 28 apenas na Austrália. Há aproximadamente 500 língua no mundo com menos de 100 pessoas fluentes; 1.500 com menos de 1mil; mais de 3mil com menos de 10mil ; e 5mil com menos de 100mil pessoas fluentes. 96% dos idiomas no mundo são falados por apenas 4% de sua população. Por isso, nao é de se estranhar a quantidade de línguas em perigo!
Nós deveriamos preocupar com a morte dos idiomas da mesma forma que nos preocupamos com a morte de animais ou plantas. Tais mortes reduzem a diversidade no planeta. No caso das línguas , estamos falando sobre diversidade cultural e intelectual, nao biologica, mas todas as questões são as mesmas.
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Sobre a língua irlandesa...
"Uma língua morre apenas quando a última pessoa que a fala morre". Levando este ditado a sério, a Irlanda é um dos poucos países que fazem questão de manter a língua nativa, no caso o gaélico ou irlandês, no dia-a-dia de cada habitante. Seja nas escolas, no trabalho ou nas ruas, é impossível nao se deparar com dizeres como Fáilte (Bem-Vindo) ou Slan Abhaile (Boa viagem) . Apesar de serem poucos os Gaeltacht vilarejos, ou seja os que tem o irlandês como primeiro idioma, o Governo adotou algumas políticas que ajudam a preservar e incentivar o uso constante da língua, de modo que ela não vire apenas um mero "objeto" em exposição nos museus. Dentre as medidas, além do ensino obrigatório nas escolas e de todas as placas serem escritas em inglês e irlandês, há uma que eu achei INTERESSANTÍSSIMA: o incentivo financeiro para empresas se instalarem em áreas Gaeltacht. Além de trazer desenvolvimento para a região, a empresa ajuda a preservar o idioma uma vez que ele é utilizado dentro da própria empresa no lugar do inglês .
Mesmo assim, acredito que o incentivo financeiro nao é o único responsável por preservar a língua: a vontade do pr[oprio irlandês, acredito eu, é o que mais mantem a língua presente no cotidiano. Não há um irlandês que não me pergunta se já aprendi algo ou se gostaria de aprender. Obviamente essa força de vontade está concentrada mais nos mais velhos, uma vez que os jovens são muito influenciados pela cultura britânica e americana. Felizmente, ainda há alguns jovens, principamente os que nasceram em vilarejos, que ainda se preocupam em usar e ensinar a língua aos estrangeiros. Ainda bem, pois assim aprendo mais...
Dados
Outro dia estava estudando inglês e li um texto no meu livro que me fez pensar muito sobre a preservação de línguas nativas. Por isso resolvi dedicar este post ao gaélico irlandês e, ao mesmo tempo, levá-los a refletir sobre as nossas várias línguas indígenas que, infelizmente, podem estar mais próximas de um final infeliz do que pensamos. Eis alguns trechos que achei interessante compartilhar aqui:
"(...)Não há nada anormal sobre a morte de uma única língua. Comunidades nasceram e morreram ao longo da história, levando com elas seus idiomas. Mas, julgando pelos padroes do passado, o que está acontecendo hoje é extraordinário. É a extinção de uma língua em larga escala. De acordo com as melhores estimativas, existem hoje 6mil língua no mundo. Destas, quase metade morreram ao longo desse século. Isso significa que, em média, há uma língua morrendo em algum lugar no mundo praticamente a cada duas semanas.
Uma pesquisa publicada pelo US Summer Institute of Linguistics revelou que há 51 língua com apenas uma pessoa fluente, sendo 28 apenas na Austrália. Há aproximadamente 500 língua no mundo com menos de 100 pessoas fluentes; 1.500 com menos de 1mil; mais de 3mil com menos de 10mil ; e 5mil com menos de 100mil pessoas fluentes. 96% dos idiomas no mundo são falados por apenas 4% de sua população. Por isso, nao é de se estranhar a quantidade de línguas em perigo!
Nós deveriamos preocupar com a morte dos idiomas da mesma forma que nos preocupamos com a morte de animais ou plantas. Tais mortes reduzem a diversidade no planeta. No caso das línguas , estamos falando sobre diversidade cultural e intelectual, nao biologica, mas todas as questões são as mesmas.
A preservação da diversidade linguística é essencial porque culturas são transmitidas por meio da língua escrita e falada (...) As vezes podemos aprender com uma língua algo prático, como a descoberta de novos tratamentos médicos por meio de antigas práticas medicinais indígenas, ou as vezes aprendemos algo intelectual, quando a conexão entre uma língua e outra nos diz algo sobre o movimento de antigas civilizações (...)".
Acho que nem preciso dizer mais nada sobre a preservacao de uma língua , né? Acho que não temos que simplesmente nos "fechar" para novos idiomas, muito pelo contrário, o que seria de nós sem tal aprendizado? Aprender um novo idioma é um processo fascinante e riquíssimo para um indivíduo. Mas deve ser feito com cautela, sem excluir o seu próprio idioma. E é isso que os irlandeses fizeram (e fazem): quando o inglês foi imposto pelos Britânicos, os irlandeses sempre arrumaram uma maneira de manter o Gaelic, mesmo sob repressão. Mais do que parte da identidade irlandesa, o Gaelic também é o retrato de um país apaixonado pela sua própria cultura.
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